terça-feira, 26 de março de 2013

composição quimica das células

vamos lá, galera, aprender mais uma pouco sobre o mundo das células!!!!!!!

composição quimica das células
 


  I. SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS:
ÁGUA
01. CONCEITOS:
A água é formada de dois átomos de hidrogênio (H) e um átomo de oxigênio (O), formando assim, a molécula HO. É uma substância mineral binária: H e O imprescindível à vida. Mas não se pode esquecer que há dois tipos de água, a Salgada e a Doce. A salgada ocupa 99% do total destas, sendo que a doce ocupa só 1% do espaço aquático no planeta Terra, sendo também que, apenas 0,23% deste total (estimativa).
02. CARACTERÍSTICAS:
_ Solvente universal;
_ Poder de coesão e tensão superficial;
_ Controle ácido-básico;
_ Controle térmico e sede de reações bioquímicas;
_ Aquisição e eliminação de substâncias.
03. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA:
A água serve para transportar alimentos para as células, forma as secreções digestivas, elimina as impurezas e mantém os rins saudáveis. Permitindo o funcionamento de órgãos ricos em líquidos como a pele, olhos, boca e nariz auxiliando todos os órgãos a funcionarem adequadamente, lubrificam as articulações, regula a temperatura do corpo e seu metabolismo, entre outras funções. A água é imprescindível à vida dos indivíduos, dependendo da espécie, idade, metabolismo e grupo celular.
O indivíduo pode ou não estar com os níveis mínimos para sua sobrevivência.
04. VARIANTES DO PERCENTUAL:
- Idade, Metabolismo, Grupo Celular e Espécie.
04.1. IDADE:
A criança ao nascer é constituída de aproximadamente 79% de água (nos recém-nascidos, essa porcentagem pode ser ainda maior), de 70 a 75% nas primeiras semanas de vida e, no primeiro ano de vida, atinge de 60 a 65%. Os idosos apresentam de 40 a 50% do peso corpóreo constituído por água. 
04.2. METABOLISMO:
Os indivíduos que consomem uma dieta balanceada, rica em fibras, proteínas e sais minerais tendem apresentar um maior potencial hídrico, podendo variar em função da carga genética e/ou em casos patológicos.
04.3. GRUPO CELULAR:
Na espécie humana qualquer fase de vida existe grupos celulares com maior ou menor percentual hídrico em relação aos outros. Nos neurônios há 90%
na célula muscular 85%; osso com medula tem 40%; ossos sem medula apresentam 25% e tecido adiposo: 20%.
04.4. VARIAÇÃO DE ESPÉCIE PARA ESPÉCIE:
Todos os seres vivos têm na sua constituição uma determinada quantidade de água que varia de espécie para espécie. Ela é a substância que existe em maior quantidade no organismo. Enquanto um homem adulto pode ter até 65% de água em seu corpo, os fungos chegam a ter 83% e a água-viva 98%.
           
05. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO ORGANISMO:
A água do organismo está distribuída em dois grandes compartimentos: o Intracelular e o Extracelular. 
05.1. O LÍQUIDO INTRACELULAR:
A água do interior das células ou também conhecido como líquido intracelular corresponde a cerca de 40% do total do peso do indivíduo, ou seja, cerca de 28 litros, isso para o mesmo indivíduo citado acima com o peso de 70 kg. O líquido intracelular provê o meio no qual as reações bioquímicas acontecem, possibilitando a organização metabólica responsável pela vida; sua variação para mais ou para menos afeta a fluidez dessas reações e,portanto, a saúde do indivíduo.
05.2. O LÍQUIDO EXTRACELULAR:
Compreende todos os líquidos situados fora das células e corresponde a 20% do peso corporal. Este compartimento
(Extracelular) une as células entre si, suprindo-as de substâncias nutritivas, energéticas, plásticas. Atua também recolhendo e conduzindo resíduos metabólicos para o exterior do corpo, lubrificando e permitindo o funcionamento normal das partes móveis do organismo, e por fim, é fundamental na regulação a temperatura corpórea.
06. PROPRIEDADES E FUNÇÕES HÍDRICAS:
A) Solvente Universal: Isso porque um grande número de substâncias que se dissolve (ou seja, se mistura) na água, formando, com ela, soluções. É a propriedade fundamental da água, pois permite que diversas substâncias presentes no interior da célula, tornem-se soluções constituintes do citoplasma e cariolinfa.
B) Alto calor específico (termorregulação): A água impede mudanças de temperatura bruscas dentro da célula, que iria afetar o metabolismo celular, em razão do alto calor especifico.
Além disso, a água participa do mecanismo termorregulador (que regula a temperatura do corpo) ao ser lançada na superfície cutânea sob a forma de suor e que, pela evaporação, retira do corpo o excesso de calor. O centro termo regulador presente em animais homeotérmicos que é localizado no hipotálamo que é responsável por realizar o controle da água no corpo do indivíduo (sede), pressão sanguínea, produção de suor e controle do frio.
C) Transporte: A água tem poder de coesão entre si e de diversas substâncias. Nos seres que não apresentam vasos condutores (avasculares), ela é transportada célula a célula pelo processo de difusão; nos vasculares, ou seja, nos que apresentam vasos condutores de seiva ou aqueles que apresentam vasos sanguíneos e linfáticos a água é transportada para as diversas substâncias por diferença de pressão.
D) Tensão superficial: É uma propriedade ligada ao poder de coesão entre as moléculas de água. As moléculas de uma gota de água são mantidas juntas por forças coesivas, e as forças coesivas especialmente fortes na superfície constitui a tensão superficial. Devido a essa propriedade, é que pequenos insetos tais como um mosquito pode caminhar sobre as águas devido ao seu peso não ser suficiente para penetrar na superfície.
E) Lubrificação: A água está presente em várias partes do nosso corpo, pois sem esta não existiria o líquido sinovial que é encontrado nas cartilagens, o líquido amniótico, etc. que são responsáveis por reduzir o atrito das estruturas, evitando um desgaste nesta de maneira desnecessária.
F) Controle de reações: Elimina substâncias desnecessárias e veicula substâncias importantes para sua vitalidade. O seu funcionamento nas plantas é como se fosse um reagente que atua em conjunto com CO, para que se possa ter o processo fotossintético (1% da água consumida).
 




II. SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS:
SAIS MINERAIS:
01. CONCEITO:
Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. É necessário ingerir cálcio e fósforo em quantidades suficientes para a constituição do esqueleto e dos dentes. Outros minerais, como o iodo e o flúor, apesar de serem necessários apenas em pequenas quantidades, previnem o aparecimento de doenças como a cárie dentária e o bócio.
Uma alimentação pobre em ferro provoca anemia (falta de glóbulos vermelhos no sangue).
02. IMPORTÂNCIA:
Os minerais, como também as vitaminas, não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos através da alimentação. Não fornecem calorias, mas se encontram no organismo desempenhando diversas funções.
Os minerais possuem papéis essenciais, como constituintes estruturais dos tecidos corpóreos, por exemplo, o cálcio e o fósforo que formam os ossos e dentes; como reguladores orgânicos que controlam os impulsos nervosos, atividade muscular e o balanço ácido-base do organismo; como componentes ou ativadores/reguladores de muitas enzimas.
03. PERCENTUAL VITAL:
A célula deve apresentar em torno de 4% de sais minerais em sua constituição. Além da composição química celular, os sais minerais são constituintes da estrutura molecular de diversos compostos orgânicos, controle da regulação osmótica celular e ativação enzimática.
04. TIPOS DE SAIS MINERAIS.
Fundamentais para a matéria viva, os sais minerais são encontrados nos organismos sob duas formas básicas: insolúvel e solúvel.
- SAIS MINERAIS SOB FORMA INSOLÚVEL:
Acham-se imobilizados como componentes da estrutura esquelética. Nos vertebrados, os fosfatos de cálcio são encontrados nos ossos, onde contribui para a rigidez característica desses órgãos.
- SAIS MINERAIS SOB FORMA SOLÚVEL:
Acham-se na água em forma de íons. É nesse aspecto que os sais minerais desempenham um importante papel biológico nos seres vivos, agindo como ativadores de enzimas, como componentes estruturais de moléculas orgânicas fundamentais e participando da manutenção do equilíbrio osmótico (hidroelétrolítico), entre outras funções.
Mineral
Função
Fontes
Cálcio
Componente importante dos ossos e dos dentes.
Essencial à coagulação do sangue; necessário para o funcionamento normal de nervos e músculos.

Vegetais verdes, leite e laticínios.

Fósforo
Componente importante dos ossos e dos dentes; essencial para o armazenamento e transferência de energia no interior das células (componente do ATP); componente do DNA e do
RNA.

Leite e laticínios, carnes e cereais.

Enxofre
Componente de muitas proteínas; essencial para a atividade metabólica normal.

Carnes e legumes
Potássio
Principal íon positivo no interior das células; influência na contração muscular e na atividade dos nervos.

Carnes, leite e muitos tipos de frutas.

Cloro
Principal íon negativo no líquido extracelular; importante no balanço de líquidos do corpo e na manutenção do PH.

Sal de cozinha e muitos tipos de alimento

Sódio
Principal íon positivo no líquido extracelular; importante no balanço de líquidos do corpo; essencial para a condução do impulso nervoso.

Sal de cozinha e muitos tipos de alimentos

Iodo
Componente dos hormônios da tireóide, que estimulam o organismo.

Frutos do mar, sal de cozinha iodado e laticínios.

Ferro
Componente da hemoglobina, mioglobina e enzimas respiratórias; fundamental para a respiração celular.

Fígado, carnes, gema de ovo, legumes e vegetais verdes.

Flúor
Componente dos ossos e dos dentes. Protege os dentes contra as cáries

Água fluorada

III. SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS.
As substâncias orgânicas são compostos formados por átomos de carbono e hidrogênio, associados ou não a outros átomos e moléculas. São eles: carboidratos, lipídios, proteínas, enzimas, ácidas nucleicas e vitaminas.
 01.CARBOIDRATOS
Os carboidratos, popularmente chamados açucares, são também denominados hidratos de carbono, glicídios, ou sacarídeos. Eles são a principal fonte de energia da célula, mas também formam parede celular da célula vegetal e compõem os ácidos nucleicos. São formados na fotossíntese dos vegetais e de algumas e até mesmo por algumas bactérias.
Os carboidratos são classificados, basicamente, em monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
01.1.       MONOSSACARÍDEOS.
Os monossacarídeos são carboidratos mais simples, de formula geral Cn( HO), em que n é o numero entre 3 e 7. Dependendo do valor de n, eles serão trioses (n=3), tetroses (n=4), pentoses (n=5), hexoses (n=6) e heptoses (n=7).
Os principais monossacarídeos são: glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose.
01.2.       DISSACARÍDEOS.
Os dissacarídeos forma-se pela união de dois monossacarídeos com a perda de uma molécula de água. São exemplos: maltose, sacarose e lactose.
A Maltose, presente no malte, é formada pela união de glicose + glicose.
 A sacarose, presente na cana-de-açúcar, na beterraba e em frutas, é formada pela união de glicose + frutose.
A lactose, presente no leite, é formada pela união de glicose + galactose.
HIDROLESES DOS AÇÚCARES
É a quebra das moléculas de um açúcar, em presença de enzimas especificas e água:
Maltose + HO → glicose + glicose
Sacarose + HO→ frutose + glicose
Lactose + HO→ galactose + glicose

                                                                                    

0.1.3POLISSACARÍDEOS
Os polissacarídeos são formados pela união de centenas ou até milhares de moléculas de glicose. São polissacarídeos: amido, glicogênio, celulose e quitina.
O amido é o carboidrato de reseva dos vegetais e acumula-se nos plastos. O glicogênio é o carboidrato de reseva dos animais e acumula-se no fígado e nos músculos. No jejum, ao faltar carboidratos no organismo, as células desses órgãos quebram glicogênio, produzindo glicose.
A celulose da estrutura as células vegetais, compondo a parede celulósica.
A quitina como a celulose, é carboidrato que dá estrutura. Compõe a parede celular de alguns fungos e o exoesqueleto dos artrópodes, (aracnídeos, insetos e crustáceos).
02.     LIPÍDIOS.
Os lipídios são substancias orgânicas de baixa solubilidade em água, porém solúveis em solventes orgânicos, como álcool, clorofórmio e éter. Exercem função energética e estrutural. Além disso, originam os hormônios sexuais, são isolante térmicos, impermeabilizam tecidos e protegem os órgãos internos contra impactos.
Os mais comuns são os glicerídeos, os esteroides, os fosfolipídios e as ceras.
02.1 GLICERÍDEOS
Constituem os óleos e as gorduras, substancias de reseva energética presentes nos vegetais e animais respectivamente, diferem entre si quanto ao ponto de fusão. À temperatura ambiente, os óleos são líquidos, pois um ou mais dos ácidos graxos tem predominância de instaurações na cadeia. E as gorduras são sólidas pelo fato dos ácidos graxos terem predominância de saturação na cadeia. Os glicerídeos possuem elevados teores energéticos e são os principais componentes lipídicos da dieta humana.
Em mamíferos que vivem em regiões polares, como a baleia, a gordura forma uma espessa camada subcutânea ou "colchão adiposo", que envolve o corpo e permite o isolamento térmico do animal em relação ao ambiente frio. As moléculas dos glicerídeos podem ter um, dois ou três ácidos graxos associados ao glicerol, um álcool conhecido como glicerina. Ácidos graxos são compostos de longas cadeias de carbono, saturadas ou não, que formam os ésteres das gorduras e dos óleos.
02.2 ESTERÓIDES.
Os esteroides são lipídios formados por quatro anéis de carbono, o mais conhecido é o colesterol.
 Estas substâncias são encontradas em abundância nos organismos vivos, principalmente em animais e em algumas algas vermelhas. São solúveis em solventes orgânicos, e possuem um elevado ponto de fusão. O esterol propriamente dito é um álcool secundário, no qual uma hidroxila está ligada a um composto tetracíclico.
Entre os esteróis destacam-se o colesterol e a vitamina D. O colesterol faz parte da estrutura das membranas celulares, sendo também um reagente de partida para a biossíntese de vários hormônios (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona), dos sais biliares e da vitamina D. Sem colesterol não haveria vida. Os esteróides formam um grande grupo de compostos solúveis em gordura (lipossolúveis), que têm uma estrutura básica de 17 átomos de carbono dispostos em quatro anéis ligados entre si.
Os esteróides compreendem diversas substâncias químicas com importante papel na fisiologia humana. Os esteróides são amplamente distribuídos nos organismos vivos e incluem os hormônios sexuais, a vitamina D e os esteróis, tais como o colesterol.
Existem cinco classes principais de hormônios esteróides sendo elas poderosas moléculas sinalizadoras que regulam um grande número de funções do organismo.
  • Progesterona: preparara o revestimento do útero para a implantação do óvulo fecundado, também é essencial para a manutenção da gestação.
  • Androgênios: são responsáveis pelo desenvolvimento das características secundárias masculinas.
  • Estrogênios: são responsáveis pelo desenvolvimento das características secundárias femininas. Em conjunto com a progesterona participa do ciclo ovariano.
  • Glicocorticoides: promovem a gliconeogênese e a formação de glicogênio estimula a degradação de lipídios e proteínas.
02.3. FOSFOLIPÍDIOS.
Formam a camada dupla da membrana celular. A molécula do fosfolipídio solubiliza-se, ao mesmo tempo, com a água e com os lipídios. Isso é possível porque possui uma porção hidrófila (afeição a água), o fosfato, e uma porção hidrófoba (aversão a água) constituída pelas cadeias lipídicas. Os principais exemplos de fosfolipídios são a lecitina e a cefalina
02.4 CERAS.
São formados pela união de álcool a uma ou mais moléculas de ácidos graxos. Compreende as ceras animais e vegetais, sendo mais frequente no reino vegetal. Embora tenha valor econômico, não têm a mesma importância que as gorduras e óleos. As ceras de carnaúba e de babaçu, por exemplo, constituem bases alternativas para geração de energia. São encontrados também na secreção de alguns insetos, como a cera das abelhas.
03.     PROTEINAS
As proteínas são grandes moléculas, compostas por centenas de moléculas menores chamadas aminoácidos.
03.1 AMINOACIDOS.
Os aminoácidos, também denominados de peptídeos, representam a menor unidade elementar na constituição de uma proteína. Estruturalmente, é formado por um grupamento carboxila (COOH), um grupamento amina (NH2) e radical que determina um dos vinte tipos de aminoácidos.
 
Podem ser classificados seguindo dois princípios: pelas propriedades funcionais dos radicais, classificação mais geral; ou pela necessidade de cada organismo, classificação específica ao hábito nutricional conforme a espécie.

a) Pela propriedade funcional → por este critério são diferenciados em apolares (valina, alanina, leucina, triptofano, glicina, isoleucina, fenilalanina, metionina e prolina), polares (serina, tirosina, cisteina, glutamina, treonina e asparagina) e os tipos que acumulam carga positiva ou negativa (ácido aspártico, lisina, arginina, histidina e ácido glutâmico).

b) Pela necessidade nutricional → É variável de espécie para espécie, obedecendo à capacidade que cada um possui de sintetizar os aminoácidos ou adquiri-los através da alimentação.
Para os seres humanos, são subdivididos em aminoácidos essenciais, aqueles que o metabolismo não consegue produzir, e somente pela ingestão de alimentos conseguimos suprir sua carência; e aminoácidos não essenciais, sintetizados pelo organismo a partir de outros.
03.2. LIGAÇÃO PEPTÍDICA E PEPTÍDEOS.
Uma proteína é formada pela reunião de centenas de aminoácidos. Dois aminoácidos unem-se por uma ligação peptídica em que o grupo carboxila de um se liga ao grupo de amina do outro. O grupo carboxila perde uma molécula de hidroxila (OH) e o grupo amina perde um hidrogênio (H). Estes, ao juntarem-se, formam uma molécula de água.
Dessa ligação entre aminoácidos, resulta um composto, o peptídeo. Os peptídeos podem apresentar-se na forma dipeptídeo (2 aminoácidos), tripeptídeos (3 aminoácidos) e assim por diante. Uma molécula com cerca de 10 aminoácidos chama-se oligossacarídeo. Como proteínas são os resultado de centenas de aminoácidos, são polipeptídios.
               

03.3. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS.
As proteínas diferem entre si pelo número, tipo e sequencia dos aminoácidos em suas estruturas.
A sequencia linear de aminoácidos de uma proteína define sua estrutura primária.
O número de aminoácidos é muito variável de uma proteína para outra:
•Insulina bovina: 51 aminoácidos
•Hemoglobina humana: 574 aminoácidos
•Desidrogenase glutâmica: 8 300 aminoácidos
O filamento de aminoácidos se enrola ao redor de um eixo, formando uma escada helicoidal chamada alfa-hélice. É uma estrutura estável, cujas voltas são mantidas por pontes de hidrogênio. Tal estrutura helicoidal é a estrutura secundária da proteína.
As proteínas estabelecem outros tipos de ligações entre suas partes. Com isto, dobram sobre si mesmas, adquirindo uma configuração espacial tridimensional chamada estrutura terciárias. Essa configuração pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas.
Muitas proteínas são formadas pela associação de dois ou mais polipeptídeos (cadeias de aminoácidos). A maneira como estas cadeias se associam constitui a estrutura quaternária dessas proteínas.
 
03.4  DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS
Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos como a uréia, sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. Este processo se chama desnaturação. Ao romper as ligações originais, a proteína sofre novas dobras ao acaso. Geralmente, as proteínas se tornam insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida. 
Na desnaturação, a sequencia de aminoácidos não se altera e nenhuma ligação peptídica é rompida. Isto demonstra que a atividade biológica de uma proteína não depende apenas da sua estrutura primária, embora esta seja o determinante da sua configuração espacial.
Algumas proteínas desnaturadas, ao serem devolvidas ao seu meio original, podem recobrar sua configuração espacial natural. Todavia, na maioria dos casos, nos processos de desnaturação por altas temperaturas ou por variações extremas de PH, as modificações são irreversíveis. A clara do ovo se solidifica, ao ser cozida, mas não se liquefaz quando esfria.
03.5 FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS

Proteínas transportadoras

Podemos encontrar proteínas transportadoras nas membranas plasmáticas e intracelulares de todos os organismos. Elas transportam substâncias como glicose, aminoácidos, etc. através das membranas celulares. Também estão presentes no plasma sanguíneo, transportando íons ou moléculas específicas de um órgão para outro. A hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos transporta gás oxigênio para os tecidos. O LDL e o HDL também são proteínas transportadoras.

Proteínas estruturais

As proteínas participam da arquitetura celular, conferindo formas, suporte e resistência, como é o caso da cartilagem e dos tendões, que possuem a proteína colágeno.

Proteínas de defesa

Os anticorpos são proteínas que atuam defendendo o corpo contra os organismos invasores, assim como de ferimentos, produzindo proteínas de coagulação sanguínea como o fibrinogênio e a trombina. Os venenos de cobras, toxinas bactérias e proteínas vegetais tóxicas também atuam na defesa desses organismos.

Proteínas reguladoras

Os hormônios são proteínas que regulam inúmeras atividades metabólicas. Entre eles podemos citar a insulina e o glucagon, que possuem função antagônica no metabolismo da glicose.

Proteínas nutrientes ou de armazenamento

Muitas proteínas são nutrientes na alimentação, como é o caso da albumina do ovo e a caseína do leite. Algumas plantas armazenam proteínas nutrientes em suas sementes para a germinação e crescimento.

Proteínas contráteis

Algumas proteínas atuam na contração de células e produção de movimento, como é o caso da actina e da miosina, que se contraem produzindo o movimento muscular.
04. ENZIMAS
As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.
 Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem, no entanto participar dela como reagente ou produto.
 As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.
 As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.
São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação.
 Atuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de temperatura e pH.
 Possuem todas as características das proteínas. Podem ter sua atividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.
04.1ESPECIFICIDADES SUBSTRATO \ ENZIMA: O SÍTIO ATIVO.   
As enzimas são muito específicas para os seus substratos. Esta especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários substratos ao mesmo tempo.
Esta especificidade se deve à existência, na superfície da enzima de um local denominado sítio de ligação do substrato. O sítio de ligação do substrato de uma enzima é dado por um arranjo tridimensional especial dos aminoácidos de uma determinada região da molécula, geralmente complementar à molécula do substrato, e ideal espacial e eletricamente para a ligação do mesmo. O sítio de ligação do substrato é capaz de reconhecer inclusive isômeros óticos "D" e "L" de um mesmo composto. Este sítio pode conter um segundo sítio, chamado sítio catalítico ou sítio ativo, ou estar próximo dele; é neste sítio ativo que ocorre a reação enzimática.
- Modelo Chave/Fechadura que prevê um encaixe perfeito do substrato no sítio de ligação, que seria rígido como uma fechadura. No exemplo da figura abaixo, uma determinada região da proteína - o módulo SH2 - liga-se à tirosina fosfatada, que se adapta ao sítio ativo da enzima tal como uma chave faz a sua fechadura.
- Modelo do Ajuste Induzido que prevê um sítio de ligação não totalmente pré-formado, mas sim moldável à molécula do substrato; a enzima se ajustaria à molécula do substrato na sua presença.

04.2. FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA  
 São eles:
            - Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula.
              - pH: mede a concentração de íons Hᶧ livres em uma solução. Essa medida informa se o meio é ácido ou básico. Existe um pH ótimo, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise.
 
            -concentração de substrato: quanto maior a quantidade de substrato, maior a velocidade da reação, pois substrato é o reagente d areação enzimática. Aumentando-se indefinitivamente o substrato, as enzimas podem não ser suficientes e a velocidade de reação se estabiliza. Caso não haja substrato suficiente, a velocidade da reação será limitada após certo ponto.
04.     ÁCIDOS NUCLÉICOS.
Os ácidos nucleicos são polímeros orgânicos encontrados pela primeira vez, no núcleo das células e formados por inúmeras moléculas de nucleotídeos. Os ácidos nucleicos podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA).
04.1 NUCLÉOTIDEOS
Os nucleotídeos são compostos por moléculas de ácido fosfórico, açúcar e base nitrogenada.
O ácido fosfórico esta presente no DNA e no RNA e serve para unir os açucares de dois nucleotídeos.
O açúcar é uma pentose e dá estrutura ao nucleotídeo. Pode ser uma desoxirribose ou uma ribose. A desoxirribose está presente apenas no ácido desoxirribonucleico e a ribose no ácido ribonucleico.
As bases nitrogenadas identificam o nucleotídeos e são classificadas em dois grupos:
·         Bases púricas: Adenina (A) e Guanina (G)
·         Bases pirimídicas: Citosina (C), Timina (T) e Uracila (U) 
           

04.2. ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO: DNA
O Ácido Desoxirribonucleico (DNA) é um ácido nucléico que contém toda a informação genética de cada indivíduo. Este ácido consiste numa molécula formada por duas cadeias antiparalelas (em forma de dupla hélice) ligadas entre si por ligações de ponte de hidrogênio entre as bases nitrogenadas e é constituído por unidades alternadas de desoxirribonucleótidos, os quais, por sua vez, são constituídos por um açúcar (a desoxirribose), um grupo fosfato e a referida base nitrogenada; esta base pode ser uma púricas (Adenina e Guanina) ou uma pirimídicas (Timina e Citosina). A Adenina está ligada com a Timina por 2 ligações de ponte de hidrogênio e a Guanina com a Citosina com 3 ligações de ponte de  hidrogênio.
O ADN encontra-se no núcleo das células, nas mitocôndrias e nos cloroplastos e à sequência completa do ADN de cada célula é dada a designação de genoma. O seu principal papel no organismo é o de armazenar as informações necessárias para a síntese e replicação das proteínas. A síntese de proteínas consiste na produção das proteínas que as células e os vírus precisam para o metabolismo e desenvolvimento.
  A replicação designa o conjunto de reações por meio das quais o ADN faz uma cópia de si mesmo de cada vez que uma célula se divide e transmite as suas informações às células filhas. Em quase todos os organismos celulares o ADN está organizado na forma de cromossomas, situados no núcleo celular.
A capacidade de autoduplicação ou replicação do DNA confere aos seres vivos a capacidade de se reproduzirem, sendo essa duplicação chamada semiconservativa.
 
04.3. ÁCIDO RIBONUCLÉICO: RNA.
O RNA é um polinucleotídeo de uma só cadeia. Não possui timina (T), em seu lugar, aparece a Uracila (U).
Origina-se do DNA, em um processo conhecido com transcrição, por meio de uma enzima chamada RNA- polimerase.
O RNA- polimerase tem uma propriedade de abrir o DNA, identificando suas bases nitrogenadas. Usando o DNA como molde, ao encontrar adenina, coloca na mesma posição, a uracila, ao encontrar a guanina, coloca, na mesma posição, a citosina ( AU e CG).

          
Existem três tipos de RNA em uma célula: ribossômico (rRNA), transportador (tRNA) e mensageiro (mRNA)
O rRNA faz parte da constituição do ribossomo. O mRNA transporta informação do núcleo para o citoplasma e o tRNA transporta aminoácidos presentes no citoplasma até os ribossomos, durante a síntese proteica.

05.     VITAMINAS.
As vitaminas atuam como coenzimas, auxiliando as reações enzimáticas.
Apenas os vegetais clorofilados e certos seres unicelulares conseguem sintetiza-las. O organismo humano não produz vitaminas. Por isso, precisamos obtê-la dos alimentos.
05.1.       CLASSIFICAÇÃO.
São classificadas em lipossolúveis e hidrossolúveis.
As vitaminas lipossolúveis são vitaminas A, D E e K. As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas C e as vitaminas do complexo B.
05.2.       AVITAMINOSES.
Embora fundamentais no metabolismo, a quantidade de vitaminas de que as células necessitam é muito pequena. Sua falta provoca doença chamadas avitaminose. São doenças carenciais (carência de vitaminas). Muitas, se não tratadas, podem levar a morte.
Veja, na tabela a seguir, as vitaminas e suas principais doenças no organismo humano relacionado à falta delas.
  






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