terça-feira, 30 de abril de 2013

Bactéria é promissora para tratar câncer de pâncreas, revela estudo

Bactéria é promissora para tratar câncer de pâncreas, revela estudo

Um tratamento experimental que usa a bactéria Listeria para infectar células de câncer no pâncreas e transportar substâncias que matem o tumor demonstrou ser promissora em pesquisas com animais de laboratório, afirmaram cientistas americanos nesta segunda-feira (22).
Embora ainda desconheçam se o método pode funcionar em seres humanos, cientistas da Escola de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova York, contaram ter ficado entusiasmados com sua habilidade para deter a metástase ou disseminação do câncer.
"Neste ponto, podemos dizer que temos um tratamento que é muito eficiente em reduzir a metástase em camundongos", afirmou a coautora sênior Claudia Gravekamp, professora associada de microbiologia e imunologia na instituição.
A técnica experimental, descrita no periódico PNAS (Proceedings of the National Academies of Science), funciona usando uma forma enfraquecida de Listeria, que em estado natural pode provocar doenças transmitidas por alimentos. A equipe de Gravekamp é a primeira a testar o conceito em um modelo animal.
Cerca de 90% das cobaias com câncer de pâncreas tratadas com a nova técnica não demonstraram evidências de disseminação do câncer após três semanas. Os cientistas suspenderam o experimento após 21 dias porque é quando o grupo de controle de camundongos, que tinham câncer de pâncreas mas não foram tratados, começaram a morrer.
O câncer de pâncreas tende a se espalhar rapidamente pelo corpo e é particularmente letal, pois costuma ser descoberto somente quando já avançou para além do órgão.
Pacientes sem tratamento costumam morrer no prazo de três a seis meses e a taxa de sobrevivência de cinco anos é de apenas 4%.

Cientistas inseriram rádio-isótopos, comumente usados no tratamento de câncer, à bactéria. A bactéria radioativa, então, infectou as células cancerosas, mas não as células normais.

O tratamento interrompeu a disseminação do câncer na maior parte dos casos e aparentemente não tem efeitos nos ratos, porém mais estudos são necessários para ver se é possível prolongar o tempo de sobrevivência.

"Com melhorias adicionais, nossa abordagem tem o potencial de iniciar uma nova era no tratamento do câncer de pâncreas metastático", disse Gravekamp.
FONTE: UOL NOTÍCIAS CIÊNCIA

 

Pesquisadores britânicos obtêm diesel a partir de bactéria

Pesquisadores britânicos obtêm diesel a partir de bactéria

Pesquisadores britânicos conseguiram obter diesel a partir de uma bactéria geneticamente modificada. Os cientistas da Universidade de Exeter modificaram uma amostra da bactéria E. Coli - que vive no intestino humano e transforma o açúcar que absorve em gordura.
Usando biologia sintética, a equipe alterou os mecanismos celulares da bactéria para que o açúcar fosse convertido em moléculas de óleo que são quase idênticas ao diesel convencional, derivado de petróleo.
A "E. Coli", bactéria do intestino, transforma em gordura o açúcar absorvido do organismo O estudo, divulgado na publicação PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), afirma que o combustível sintético poderia ser uma alternativa viável aos combustíveis fósseis.
"Nosso desafio é aumentar a produção antes de chegar a qualquer forma de fabricação industrial do combustível", disse o professor John Love, biólogo sintético da Universidade de Exeter.
"Nós temos um período de três a cinco anos para fazer isso e depois veremos se valerá a pena seguir em frente", acrescentou Love.
A equipe de pesquisadores também está analisado as chances de a bactéria converter outros componentes em combustível, como dejetos humanos e de animais.
Biocombustíveis
Atualmente há uma pressão para aumentar o uso de biocombustíveis em todo o mundo. Metas estabelecidas pela União Europeia determinam que, até o final desta década, 10% dos combustíveis utilizados dentro do bloco sejam compostos de biocombustíveis.
O problema é que muitas formas de biodiesel e bioetanol atualmente em uso não são totalmente compatíveis com os motores de carro modernos, fazendo com que entre 5% e 10% tenham de ser misturados com combustíveis fósseis antes de os carros serem abastecidos.
No entanto, segundo o professor Love, o combustível obtido a partir da bactéria E. Coli modificada é diferente.
"Nós conseguimos obter um combustível que tem exatamente a composição exigida pelos motores modernos", afirma. "Podemos até chamá-lo de "biocombustível fóssil", acrescentou.
Os biocombustíveis são considerados uma alternativa aos combustíveis fósseis porque poluem menos o meio ambiente.
Enquanto gasolina e diesel liberam dióxido de carbono, os biocombustíveis são considerados neutros em termos de emissões porque emitem na atmosfera a mesma quantidade de CO2 que as plantas das quais são produzidos absorvem.
No entanto, há críticas sobre a produção de biocombustíveis, que ocupam grandes áreas de plantio (como o milho, no caso do etanol americano) e pressionam o preço dos alimentos no mercado internacional.
De acordo com Geraint Evans, consultor da NFCC, consultoria de bioeconomia, essas questões também têm de ser consideradas na produção de combustível a partir de bactérias.
"Ao mesmo tempo em que isso aumenta as fontes potenciais de produção de diesel, é preciso pensar em sustentabilidade", afirma Evans. "Não é um truque de mágica, mas certamente uma outra ferramenta [na produção de combustíveis]".
Fonte: UOL NOTÍCIAS CIÊNCIAS

 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Estrutura molecular do DNA 60 anos de descoberta

                       Estrutura molecular do DNA
 
olá galera aí fiquem espertos, neste ano comemora-se os 60 anos da descoberta da estrutura molecular do DNA, um dos maiores feitos da Biologia até hoje. Questões relacionadas ao DNA irão aparecer com muita frequência nos vestibulares. Fiquem espertos.
Segue um reportagem da Ciência Hoje para vocês ficarem feras nesse assunto.

Há exatos 60 anos, numa quinta-feira, dia 25 de abril de 1953, a revista Nature trazia um artigo curto, assinado pelo americano James Watson e o britânico Francis Crick. O discreto texto marcava uma das mais impactantes descobertas da ciência moderna: a estrutura molecular do DNA, em forma de dupla hélice.
O DNA já era conhecido desde o século 19, mas sua forma ainda era mistério. Ao desvendar sua estrutura, Watson e Crick abriram caminho para entender como a molécula base da vida humana funcionava, como orquestrava a produção de proteínas do nosso corpo e transmitia informações genéticas de geração em geração.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, o modelo da dupla hélice proposto pelos cientistas não foi um sucesso imediato no meio científico. Somente quando o papel do DNA na síntese de proteínas foi esclarecido, no final da década de 1950, que a comunidade científica passou a ter interesse pela sua estrutura.
Em 1962, Watson e Crick ganharam por seu trabalho o prêmio Nobel de Medicina, divido com o britânico Maurice Wilkins, que elucidou algumas das funções biológicas associadas à estrutura da dupla hélice.
O trio ficou famoso no mundo todo, mas não sem deixar de lado outra personagem que teve papel importante na descoberta: a inglesa Rosalind Franklin. A cientista também estudava a estrutura do DNA em paralelo a Watson, Crick e Wilkins. Era inclusive colega desse último no King’s College, em Londres. Independentemente, Franklin chegou à conclusão de que o DNA teria duas ou quatro hélices e propôs uma estrutura muito próxima a mais tarde sugerida por Watson e Crick.
Os resultados de Franklin foram incluídos em um relatório geral do laboratório de biofísica do King’s College em fevereiro de 1952 e a cientista deixou de dar atenção para a linha de pesquisa. Um ano depois, Watson visitou o laboratório recebeu de Wilkins uma cópia do trabalho de Franklin. Em pouco mais de 20 dias, com base na construção de modelos, Watson e Crick chegaram à estrutura publicada na Nature. No famoso artigo, a contribuição de Franklin é citada apenas de passagem como estímulo àquela pesquisa. Franklin morreu de câncer alguns anos depois, em 1958, quatro anos antes do Nobel de Medicina pela descoberta da estrutura do DNA.
Passados mais de 50 anos desse Nobel, o processo de escolha do prêmio deixou de ser sigiloso. Agora abertas para o público, as cartas de indicação ao prêmio revelam que Rosalind Franklin nem foi citada nas discussões. As cartas mostram ainda que Wilkins quase ficou de fora, só sendo indicado por um carta, e que muitos cientistas envolvidos na escolha defendiam que a descoberta valesse o Nobel de química e não medicina.
O modelo de Watson e Crick entrou para história e gerou muitas outras descobertas na genética. Mas, ainda hoje, o DNA continua surpreendendo a comunidade científica. Recentemente, novas estruturas de DNA foram descobertas.
Em 2012, cientistas anunciaram terem encontrado no citoplasma de células humanas uma nova forma de DNA batizada de microDNA. Esse material genético não tem a clássica forma de hélice, mas é circular, como o DNA de algumas bactérias. Cientistas da Universidade de Cambridge, Reino Unido, também anunciaram a descoberta do G-quadruplex, um DNA com quatro hélices observado em mamíferos, inclusive humanos. Os pesquisadores acreditam que ambos os DNAS estão ligados a doenças como o câncer e a esquizofrenia.
Longe de ser um tema esquecido, o DNA ganhou ainda as manchetes dos jornais este ano ao ser usado como suporte de informação digital, quando cientistas usaram o material genético para armazenar cinco arquivos de texto, imagem e som!
Aguardemos as próximas novidades...
Leia mais sobre a descoberta da estrutura molecular do DNA em:
Confira a correspondência sobre o Nobel de Medicina de 1962:
Ouça um podcast sobre a revolução da genética:
Veja os detalhes das descobertas dos novos DNAs:
Confira a pesquisa que inseriu arquivos no DNA:
Veja o artigo original de Watson e Crick:




quarta-feira, 17 de abril de 2013

Estudos mostram que a cura da Aids pode estar próxima

Estudos mostram que a cura da Aids pode estar próxima

No Brasil, são 38 mil casos novos a cada ano. Ao todo, 11 mil brasileiros ainda morrem da doença todos os anos. 

O Fantástico conheceu o que há de mais avançado na luta contra a Aids, uma doença que atinge mais de 400 mil brasileiros.  Nesta semana, alguns dos maiores especialistas do mundo se reuniram em São Paulo. O doutor Drauzio Varella esteve no local, e mostra que existe esperança nessa luta.
Aos oito anos de idade, Rose sentiu medo, como qualquer criança. Mas os seus temores já eram de gente grande.
“Eu achei que ia ficar daquele jeito até morrer. Achei que ia ficar debilitada, ou para sempre, não morrer, mas ficar sofrendo”, lembra Rose.
Rose, que não quis usar seu nome verdadeiro, nasceu com o vírus da Aids, mas os pais adotivos só descobriram quando a menina caiu de cama com uma meningite grave.
Drauzio: E que ideia você fazia da Aids nesse tempo?
Rose: A única coisa que me preocupava quando ela me falou, minha médica, era de que não tinha cura.
A cura ainda não chegou. Mas está mais perto para Rose e todos os infectados pelo HIV.
Esta semana, os maiores especialistas no assunto estiveram na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Eles contam agora, no Fantástico, como pretendem vencer as últimas etapas para chegar à cura da Aids.
A infecção pelo HIV ocorre quando o vírus penetra nos glóbulos brancos, as células de defesa do organismo.
Para conseguir se multiplicar, ele precisa misturar os seus genes com os genes da célula.

E, quando esse vírus escapa para cair na circulação e infectar novos glóbulos, o HIV recém-nascido mata a célula que lhe deu origem.
É um ciclo que pouco a pouco destrói o sistema de defesa. Por isso a Rose ficou tão mal.
Os remédios que ela toma matam os vírus assim que eles saem das células.
Grande parte das pessoas HIV positivas tratadas com antivirais consegue eliminar o vírus da circulação. O exame de sangue mostra: carga viral indetectável. O problema é que elas não conseguem ficar livres do vírus que está escondido dentro das células.
O coquetel não consegue atingir o HIV que permanece dentro dos glóbulos brancos. O vírus continua ali, protegido.
O desafio que a ciência enfrenta é como retirar esses vírus dos esconderijos e jogá-los na circulação para que eles possam ser destruídos pelos antivirais altamente eficazes que nós temos hoje.
A nossa suspeita é a de que algumas medicações agem melhor nesses esconderijos, explica o pesquisador escocês Mario Stevenson, da Universidade de Miami.
O grande diferencial da pesquisa dele é o uso de medicamentos antivirais em doses capazes de obrigar os vírus indetectáveis a sair das células e aparecer na corrente sanguínea.
Se nós conseguirmos que as drogas entrem nesses esconderijos, nós podemos reduzir drasticamente a duração da vida do vírus, completa o especialista.
Por enquanto, o teste está sendo feito com macacos. Os resultados são animadores.
O estudo será publicado numa das mais respeitadas revistas científicas, a Science.
O esloveno Matija Peterlin tem focado sua atenção na chamada cura funcional da Aids.
Durante décadas, o coquetel de remédios mantém a carga viral no sangue igual a zero.
Mas basta interromper os medicamentos por alguns dias para que o HIV volte para a circulação.
A cura funcional traz para fora o vírus escondido, até um ponto em que sobre tão pouco que o sistema de defesas convive com ele sem problemas.
Foi isso que aconteceu com um bebê norte-americano, no mês passado. Mas o diagnóstico foi comemorado com cautela pelos médicos.
No bebê, a ação foi mais eficaz do que em adultos porque a medicação foi aplicada logo após o nascimento, sem dar chance para o vírus se esconder, contou o médico.
Em todo mundo, até agora, apenas uma pessoa eliminou a Aids do corpo.
A esperança está viva, comemorou um paciente.
O americano Timothy Ray Brown era HIV positivo e tinha leucemia. Em 2007, ele recebeu um transplante de medula óssea. Todo seu sistema imunológico foi substituído pelo o que veio do doador.
Acontece que o doador não tinha a proteína que serve de maçaneta para o vírus abrir a porta de entrada da célula. Sem essa proteína, o vírus no corpo de Timothy morreu por conta própria.
Enquanto a tecnologia mais avançada ajuda os cientistas a encontrar a cura da Aids, no Brasil enfrentamos os velhos problemas. Por medo, as pessoas não fazem o teste. Só descobrem que são HIV positivo na fase avançada da doença. Quando correm o risco de morte.
São 38 mil casos novos a cada ano. Ao todo, 11 mil brasileiros ainda morrem da doença todos os anos. 135 mil pessoas têm o vírus, mas não sabem.
aids (Foto: TV Globo)aids (Foto: TV Globo)
Drauzio: Maria Clara, por que pessoas que têm práticas sexuais arriscadas não fazem o teste?
Maria clara: Eu acho que as pessoas ainda têm medo.
Marcelino viveu anos sem saber que estava infectado pelo HIV. Nunca fez o teste, nem mesmo quando um médico recomendou o exame após um quadro de anemia intensa.
Marcelino: Quando ele me deu o exame e eu olhei HIV, eu fiquei tão abisuntado que eu rasguei e fui embora para casa. Aí depois de um mês eu caí de cama.
A toxoplasmose já era uma manifestação grave da Aids. Marcelino ficou em coma. Passou três meses sem falar e ainda recupera alguns movimentos do lado esquerdo do corpo.
Hoje ele ajuda a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se fazer o teste, gratuito pelo Sistema Único de Saúde. E, principalmente, que o melhor caminho ainda é a prevenção.
Drauzio: Você acha que os mais jovens estão conscientes
Marcelino: Não. O que a gente está pegando de pessoas com 20, 22 a 24 anos que estão infectados e chegam. Eles acham que o vizinho pode pegar HIV. Mas eles não.
aids (Foto: TV Globo)aids (Foto: TV Globo)
  fonte:http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/04/estudos-mostram-que-cura-da-aids-pode-estar-proxima.html publicada em 15-04- 2013

 

Por que algumas vezes os homens acordam com o pênis ereto?

Por que algumas vezes os homens acordam com o pênis ereto?

“Queria saber por que os homens amanhecem de pênis duro. Existe alguma explicação para isso?” 
Sim , existe uma explicação para a ereção matutina dos homens, sim. A ereção é um fenômeno natural desencadeado pelo o cérebro que comanda diversas reações para nervos, vasos e músculos. Os corpos cavernosos enchem-se de sangue e o pênis torna-se rígido, ao mesmo tempo as veias internas são comprimidas para evitar a saída do sangue. O que desencadeia toda essa reação são estímulos no próprio pênis ou outro órgão sensitivo como olfato e visão. Mas logo que acorda, muitas vezes os homens não possuem estímulos, mas a ereção acontece. Nestes casos ela pode acontecer involuntariamente durante o sono ou por estar com bexiga cheia.
Enquanto dorme o homem pode ter de quatro ou cinco ereções involuntárias noturnas que funcionam como um mecanismo de autodefesa do pênis para prevenir a fibrose dos corpos cavernosos. Na verdade as ereções involuntárias são providenciadas pelo organismo para prevenir que o pênis não perca sua função por “falta de uso”. Isso acontece durante o período de sono mais pesado, quando os nervos do sistema nervoso simpático (que normalmente inibem a ereção) são sobrepostos pelos do parassimpático (que estimulam a ereção). É como se os primeiros fossem desligados e os estimuladores atuassem sozinhos. Na outra razão para ereções matutinas, a bexiga cheia, a ereção acontece mecanicamente. A bexiga cheia aumenta o tamanho e pressiona os nervos responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos que comandam a ereção.
A ereção matutina pode acontecer involuntariamente durante o sono ou por estar com bexiga cheia.

 

curiosidade do cromossomo

Por que o cromossomo X humano recebeu esse nome?
Citogenética, Genética

Dois professores de biologia explicam a origem nominal e as características da estrutura genética encontrada em dobro nas mulheres.
Por: Paulo Roberto Jubilut e Marcelo Valério
Por que o cromossomo X humano recebeu esse nome?
O cromossomo X é protagonista na genética humana. Contém aproximadamente 1.400 genes, o que representa cerca de 5% do total de DNA presente nas células femininas e 2,5% nas masculinas. (imagem: Eraxion/ istockphoto)  
Marque com um cromossomo se a alternativa a seguir estiver correta: (  ) fêmeas humanas têm dois xis e machos tem apenas um.
Não entendeu nada? Fique tranquilo: era só provocação mesmo.
Quando falamos de determinação sexual em seres humanos e em algumas outras espécies animais, cromossomos chamados de xis quase sempre estão em pauta. Esses cromossomos fazem parte de dois sistemas de determinação de sexo, que chamamos de XY e X0.
Nos seres humanos, em especial, os cromossomos xis fazem parte do conjunto total de 46 cromossomos presentes nas células somáticas – ou seja, células que não são germinativas, como espermatozoides e ovócitos secundários.
Nas mulheres eles se encontram aos pares, em dose dupla, enquanto nos homens somente existe um cromossomo xis.
Falando em herança, tanto os homens quanto mulheres mantêm um dos cromossomos xis de sua mãe, sendo que as mulheres recebem o seu segundo X do pai. Isto é, mulheres têm um xis materno e um paterno, enquanto qualquer homem carrega apenas a herança de sua mãe em seu único cromossomo xis.
Mas será que isso basta para fazer do cromossomo xis a vedete da Genética Humana, especialmente em nossas salas de aula de Biologia? Não, não. Faltou dizer que ele é formado por aproximadamente 153 milhões de pares de bases, contendo cerca de 1400 genes. E isso representa uma parte significativa de nosso genoma, cerca de 5% do total de DNA presente nas células femininas, 2,5% nas masculinas. Sua importância também está relacionada ao fato de que o cromossomo X carrega os genes importantes para se entender uma série de doenças, algumas com aspectos fenotípicos bastante complicados.
Um bom exemplo é o padrão de herança da hemofilia, já que os genes relacionados aos fatores de coagulação encontram-se somente no cromossomo xis. O individuo que tem hemofilia já nasce com esta doença e seu corpo sofre para estancar até mesmo o sangramento de um corte superficial. O interessante é que a “dosagem diferencial” entre homens e mulheres faz com que tal moléstia se expresse de maneira absurdamente mais frequente no sexo masculino.
A maioria dos professores de Biologia e seus estudantes sabem de tudo isso, do mesmo modo que sabem montar belos cariótipos a partir de fotos de metáfases. Nesses esquemas, sejam eles cariótipos verdadeiros ou idiogramas, um momento importante (quase forense, para os alunos) é o de localizar e parear os cromossomos sexuais. Assim eles definem o sexo do indivíduo em questão e, por vezes, topam com uma anomalia numérica que o professor sorrateiramente escolheu para cativar a turma. Muitos desses estudantes e mesmo professores, porém, acreditam que o cromossomo xis é assim chamado porque sua forma lembra a grafia da letra “X” de nosso alfabeto latino. Mas a coisa não é tão simples assim. Foram necessários muitos anos para que os cientistas aprendessem o que sabemos a respeito dos cromossomos. E até meados de 1955, inclusive, os biólogos descreviam os seres humanos como donos de 48 cromossomos (tal quais os macacos), ao invés dos 46 que hoje observamos facilmente.
A questão é que entre todos os cromossomos humanos, seria o de número 45 o detentor maior dos mistérios. Ele, o cromossomo xis, estava envolvido numa série de doenças “geneticamente carregadas” pelas mulheres, como a hemofilia (da qual já falamos) e o daltonismo, que (praticamente) não afetava suas portadoras, mas frequentemente seus filhos homens. E aqui está a resposta: foi a estranheza de sua natureza que batizou o cromossomo xis, não o seu formato! Um legado da Álgebra, onde o símbolo “X” representa até hoje um valor desconhecido, uma incógnita.
Aliás, sabemos todos que se o motivo do nome fosse a forma da estrutura, a maior parte dos cromossomos deveriam ser chamados de xis. E aí, pobre do cromossomo ípsilon – lembra dele? –, que ficaria lá sozinho no cantinho dos cariótipos masculinos, como uma letra de ponta-cabeça que define se ao nascer seremos machos ou fêmeas. Mas seu nome também não tem nada que ver com sua forma e resulta tão somente de que sua descoberta tenha se dado logo em seguida ao cromossomo xis.
Tempos depois, cientistas decifrariam ainda um novo mecanismo de determinação sexual, comum em alguns répteis, aves e mesmo insetos, no qual encontrariam dois novos tipos de cromossomos sexuais. Adivinhe agora que nome que eles deram a eles? Isso mesmo: cromossomos zê e dáblio.
Aqueles cientistas eram pessoas sabidas, mas talvez um pouquinho de criatividade não lhes fizesse mal.
* Artigo publicado na revista Ciência Hoje. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

ANJO MARINHO OU BORBOLETA DO MAR

olha aí galera como é lindo esse ser.
 
Anjo marinho ou borboleta-do-mar (Clione limacina), encontrada nas águas geladas do Pacífico Norte e Sul; é uma lesma do mar que possui nadadeiras em forma de asas, chega a medir cerca de 80 mm (dependendo da subespécie), se alimenta de borboletas-do-mar (outro molusco marinho porém menor); por não possuir olhos, elas utilizam sentidos químicos para detectar a sua presa.

Naked Sea Butterfly (Clione limacina), found in the cold waters of the North and South Pacific, is a sea slug that has wing-shaped fins, measure up to about 80 mm (depending on the subspecies), feed on sea-butterfly (another marine mollusk but smaller); because it doesn't have eyes, it uses chemical senses to detect their prey.





Foto: Alexander Semenov
Gallery: http://www.flickr.com/photos/a_semenov/
Other photo: http://bit.ly/ZV0YtA
Sources: http://bbc.in/c2CaTJ / http://bit.ly/XLSVoT

De onde vem o oxigênio que respiramos?

OLÁ GALERA, AQUI TIRANDO MAIS UMA DÚVIDA PRA VOCÊS, ESPERO QUE CURTAM!!!!!

De onde vem o oxigênio que respiramos?

A Amazônia recebeu o título de "pulmão do mundo" injustamente. Somadas, as espécies de algas marinhas e de água doce produzem 55% do oxigênio do planeta. É claro que as florestas dão uma grande ajuda, mas boa parte do gás é consumida por lá mesmo, na respiração e na decomposição de animais e plantas. Já as algas, para nossa sorte, fabricam muito mais oxigênio do que precisam. "O excesso de gás liberado na água passa para a atmosfera e fica disponível para os outros seres vivos", afirma a bióloga Mutue Toyota Fujii, do Instituto de Botânica de São Paulo. As algas ainda levam a vantagem de ocupar uma área bem maior que as árvores. "Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio", diz outra bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).
A verdade é que o ser humano tem uma dívida grande com esses vegetais aquáticos. "As espécies mais simples, as algas azuis, lançaram oxigênio na atmosfera primitiva da Terra há 3,5 bilhões de anos. Se isso não tivesse acontecido, plantas e animais nunca teriam surgido", afirma Estela.
Fábricas de ar Só as algas marinhas produzem mais da metade do gás vital
Origem - Bosques e florestas
% Produzida - 24,9%
Origem - Estepes, campos e pastos
% Produzida - 9,1%
Origem - Áreas cultivadas
% Produzida - 8,0%
Origem - Regiões desérticas
% Produzida - 3,0%
Origem - Árvores (total)
% Produzida - 45%
Origem - Algas marinhas
% Produzida - 54,7%
Origem - Algas de água doce
% Produzida - 0,3%
Origem - Algas (total)
% Produzida - 55%
Fonte: Ecologia, de Ramón Margalef

sábado, 13 de abril de 2013

membrana plasmática

Vamos lá galera! mais um pouquinho de citologia pra vocês, agora vamos falar sobre a membrana plasmática, bom estudo!!!!!!


Membrana celular
(ou membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema)
 Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana que isola do meio exterior: a membrana plasmática. A membrana plasmática é tão fina (75Aº) que os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não conseguiram torná-la visível. Foi somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que a membrana plasmática pode ser observada. Nas grandes ampliações obtidas pelo microscópio eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem como uma linha mais clara entre duas mais escuras, delimitando o contorno de cada célula.
 Constituição química da membrana plasmática
Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e proteínas. É por isso que se costumam dizer que as membranas plasmáticas têm constituição lipoprotéica.
A organização molecular da membrana plasmática
Uma vez identificados os fosfolipídios e as proteínas como os principais componentes moleculares da membrana, os cientistas passaram a investigar como estas substâncias estavam organizadas.

 O modelo do mosaico fluído
A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido.  .
Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas dos animais contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.



Revestimentos da membrana celular
A maior parte das células, além de sua membrana celular, apresenta um revestimento ainda mais externo que ajuda a manter sua estrutura e lhe confere proteção. Os revestimentos mais comuns são o glicocálix, nas células animais e a parede celular, nas células vegetais.
Glicocálix:
Na superfície, glicoproteínas e glicolipídios formam uma tapete, chamado glicocálix, que parece ter funções de identificar e reter substancias uteis a célula. Cada célula tem seu glicocálix, como uma espécie de impressão digital. Entretanto, o glicocálix não faz parte da membrana celular, sendo apenas um revestimento externo de fazer reconhecimento celular.
 
Parede celular.
A parede celular é um envoltório extracelular presente em todos os vegetais e algumas bactérias, fungos e protozoários, cuja composição varia conforme o hábito de cada organismo perante os processos evolutivos e adaptativos.
Essa estrutura impossibilita alterações morfológicas dos organismos, em razão de seu caráter semirrígido, ou seja, as células não conseguem alterar a forma em consequência do impedimento espacial limitado pela rigidez da parede celular.
Nas plantas, a parede celular é composta basicamente pelo polissacarídeo celulose, formando a parede celulósica. Na maioria dos fungos, a parede é formada por quitina, podendo apresentar celulose.
Alguns protistas secretam substâncias que, associadas a minerais silicatos (sílica), constituem rudimentares ou elaboradas paredes celulares, também denominadas de exoesqueleto. Já as bactérias e cianobactérias apresentam parede celular formada por peptídoglicano (açúcares ligados a aminoácidos).
Sua formação nas células vegetais tem início com a deposição de uma fina camada elástica de celulose primária, permitindo nesse estágio o crescimento da célula. Depois de cessado esse crescimento, a parede recebe novas camadas de celulose e outras substâncias (suberina e lignina) conferindo maior resistência, denominada de parede secundária.
Para permitir o intercâmbio, troca de substâncias entre células adjacentes, existem pontes citoplasmáticas (falhas) ao longo da superfície da parede, chamadas de plasmodesmos.
A função primordial dessa estrutura é conferir resistência e proteção celular, impedindo a lise osmótica quando em meio hipotônico.

Funções das proteínas na membrana plasmática:
As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto.
Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras.
Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.
Proteínas receptoras de membrana:
Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica.
Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.

Transporte pela Membrana Plasmática
 A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias e não por outras define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula dissolvida). Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e de alguns tipos  de soluto.
A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração). Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-se proporcionais.
A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos citar:
Transporte passivo
Difusão simples
Difusão facilitada
Osmose
Transporte ativo
Bomba de sódio e potássio
Endocitose e exocitose
Fagocitose
Pinocitose
Transporte Passivo
Ocorre sempre a favor do gradiente, no sentido de igualar as concentrações nas duas faces da membrana. Não envolve gasto de energia
 Difusão
Consiste na passagem das moléculas do soluto, do local de maior para o local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio. É um processo lento, exceto quando o gradiente de concentração for muito elevado ou as distâncias percorridas forem curtas. A passagem de substâncias, através da membrana, se dá em resposta ao gradiente de concentração.
 Difusão Facilitada
Certas substâncias entram na célula a favor do gradiente de concentração e sem gasto energético, mas com uma velocidade maior do que a permitida pela difusão simples. Isto ocorre, por exemplo, com a glicose, com alguns aminoácidos e certas vitaminas. A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à concentração da substância. Aumentando-se a concentração, atinge-se um ponto de saturação, a partir do qual a entrada obedece à difusão simples. Isto sugere a existência de uma molécula transportadora chamada permease na membrana. Quando todas as permeases estão sendo utilizadas, a velocidade não pode aumentar. Como alguns solutos diferentes podem competir pela mesma permease, à presença de um dificulta a passagem do outro.


Osmose
A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentração de soluto para o de maior concentração. A pressão com a qual a água é forçada a atravessar a membrana é conhecida por pressão osmótica.
Os principais fenômenos osmóticos são:
Plasmoptise- É o estouro que sofre uma célula animal quando é colocada em meio hipotônico. Quando a célula é a hemácia o fenômeno recebe o nome de hemólise.
Crenação- Ocorre quando a célula animal é colocada em meio hipertônico, onde ela perde água e murcha.
Turgencia – Ocorre quando a célula vegetal é colocada em meio hipotônico, absorve água e fica completamente túrgida.
Plasmólise – Ocorre quando uma célula vegetal colocada em meio hipertônico perde água e se separa da parede celular.
Desplasmólise – É à volta ao normal de uma célula vegetal plasmolisada, quando colocada em meio hipotônico.
A osmose não é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas. Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas por unidade de volume, mesmo que não sejam do mesmo tipo, exercem a mesma pressão osmótica e são isotônicas. Caso sejam separadas por uma membrana, haverá fluxo de água nos dois sentidos de modo proporcional.
Quando se comparam soluções de concentrações diferentes, a que possui mais soluto e, portanto, maior pressão osmótica é chamada hipertônica, e a de menor concentração de soluto e menor pressão osmótica é hipotônica. Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da solução hipotônica para a hipertônica, até que as duas soluções se tornem isotônicas.
A osmose pode provocar alterações de volume celular. Uma hemácia humana é isotônica em relação a uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (“solução fisiológica”). Caso seja colocada em um meio com maior concentração, perde água e murcha. Se estiver em um meio mais diluído (hipotônico), absorve água por osmose e aumenta de volume, podendo romper (hemólise). 
Se um paramécio é colocado em um meio hipotônico, absorve água por osmose. O excesso de água é eliminado pelo aumento de frequência dos batimentos do vacúolo pulsátil (ou contrátil). 
 Protozoários marinhos não possuem vacúolo pulsátil, já que o meio externo é hipertônico.
 A pressão osmótica de uma solução pode ser medida em um osmômetro. A solução avaliada é colocada em um tubo de vidro fechado com uma membrana semipermeável, introduzido em um recipiente contendo água destilada, como mostra a figura.
 Por osmose, a água entra na solução fazendo subir o nível líquido no tubo de vidro. Como no recipiente há água destilada, a concentração de partículas na solução será sempre maior que fora do tubo de vidro. Todavia, quando o peso da coluna líquida dentro do tubo de vidro for igual à força osmótica, o fluxo de água cessa. Conclui-se, então, que a pressão osmótica da solução é igual à pressão hidrostática exercida pela coluna líquida.
Transporte Ativo
Neste processo, as substâncias são transportadas com gasto de energia, podendo ocorrer do local de menor para o de maior concentração (contra o gradiente de concentração). Esse gradiente pode ser químico ou elétrico, como no transporte de íons. O transporte ativo age como uma “porta giratória”. A molécula a ser transportada liga-se à molécula transportadora (proteína da membrana) como uma enzima se liga ao substrato. A molécula transportadora gira e libera a molécula carregada no outro lado da membrana. Gira, novamente, voltando à posição inicial. A bomba de sódio e potássio liga-se em um íon Na+ na face interna da membrana e o libera na face externa. Ali, se liga a um íon K+ e o libera na face externa. A energia para o transporte ativo vem da hidrólise do ATP.
Endocitose e exocitose
 Enquanto que a difusão simples e facilitada e o transporte ativo são mecanismos de entrada ou saída para moléculas e íons de pequenas dimensões, as grandes moléculas ou até partículas constituídas por agregados moleculares são transportadas através de outros processos.
Endocitose
Este processo permite o transporte de substâncias do meio extracelular para o intracelular, através de vesículas limitadas por membranas, a que se dá o nome de vesículas de endocitose ou endocíticas. Estas são formadas por invaginação da membrana plasmática, seguida de fusão e separação de um segmento da mesma.
 Tipos de endocitose: pinocitose, fagocitose.

 Pinocitose
Neste caso, as vesículas são de pequenas dimensões e a célula ingere moléculas solúveis que, de outro modo, teriam dificuldades em penetrar a membrana.
O mecanismo pinocítico envolve gasto de energia e é muito seletivo para certas substâncias, como os sais, aminoácidos e certas proteínas, todas elas solúveis em água.
Este processo, que ocorre em diversas células, tem uma considerável importância para a Medicina: o seu estudo mais aprofundado pode permitir o tratamento de grupos de células com substâncias que geralmente não penetram a membrana citoplasmática (diluindo-as numa solução que contenha um indutor de pinocitose como, por exemplo, a albumina, fazendo com que a substância siga a albumina até ao interior da célula e aí desempenhe a sua função).
Fagocitose
Este processo é muito semelhante à pinocitose, sendo a única diferença o fato de o material envolvido pela membrana não estar diluído.
Enquanto que a pinocitose é um processo comum a quase todas as células eucarióticas, muitas das células pertencentes a organismos multicelulares não efetuam fagocitose, sendo esta efetuada por células específicas. Nos protistas a fagocitose é frequentemente uma das formas de ingestão de alimentos.
Os glóbulos brancos utilizam este processo para envolver materiais estranhos como bactérias ou até células danificadas. Dentro da célula fagocítica, enzimas citoplasmáticas são secretadas para a vesícula e degradam o material até este ficar com uma forma inofensiva.
Exocitose
Enquanto que na endocitose as substâncias entram nas células, existe um processo inverso: a exocitose ou clasmocitose.
Depois de endocitado, o material sofre transformações sendo os produtos resultantes absorvidos através da membrana do organito e permanecendo o que resta na vesícula de onde será posteriormente exocitado.
A exocitose permite, assim, a excreção e secreção de substâncias e dá-se em três fases: migração, fusão e lançamento. Na primeira, as vesículas de exocitose deslocam-se através do citoplasma. Na segunda, dá-se a fusão da vesícula com a membrana celular. Por último, lança-se o conteúdo da vesícula no meio extracelular.